Tri Ciclo Espetáculos
Roberto de Freitas - Contação de Histórias
No fundo da mata ouvi...
Data: 08 de novembro de 2012
14h na Casa do Caminho - Araxá/MG


Este espetáculo é permeado de histórias e cantigas da tradição oral, recolhidas num processo de pesquisa que trabalhadas e adaptadas respiram, no hoje, os ares de antigamente.
"No fundo da mata ouvi um piá de dois mutuns, piava que retumbava, ó maninha, tum tum tum..."
“No fundo da mata ouvi...” é um espetáculo pesquisa de contação de histórias. Em cena apenas o contador/narrador e suas personagens. Com a duração de 1h e 30m, o espectador é convidado à fazer uma exuberante viagem pelo mundo do imaginário, participando de forma interativa dos acontecimentos que são narrados. No palco desfilam histórias de humor, terror, amor e dor, costuradas com muita musicalidade e ritmo.
 


Nascido na Fazenda do Chico do Paiol, zona rural de Diogo de Vascocellos (MG), passou sua infância no escuro e, as vezes, iluminada por uma lamparina de querosene e, sempre, pelas histórias que sua tia Efigênia lhe contava. Ele diz que: "Na falta da energia elétrica, na impossibilidade de termos o 'grande monóculo animado e falante' (era assim que, naquela época, eu imaginava que fosse a televisão), nós tínhamos a nossa tia Efigênia, que nos cobria a alma com os cobertores da fantasia e da imaginação. Havia nas noites, sobre um cheiroso e resmunguento colchão de capim, a espera pela fantástica aparição dela, que vinha, ensaiadamente, arrastando suas chinelas e fazendo ranger os velhas tabuas do chão, aquele barulho a anunciava e, através dele, premeditávamos os mistérios que nos rondariam naquelas maravilhosas noites. E eram histórias de bichos falantes, de princesas e bruxas, de castelos mal-assombrados ou de casinhas de sapés ou feita de doces, eram só encantamentos. Eram histórias que ela tinha ouvido em sua infância, outras que ela mesmo criava, mas, todas temperadas com os arregalos de seus olhos tortos, o balançar de sua cabeça e braços, as mudanças constantes de voz e a sua dançante sombra tremelucante na parede."
Quando mudou-se para Belo Horizonte, cidade grande e iluminada, as histórias passaram a ser outras. Até que houve um tempo em que foi trabalhar com crianças numa escolinha e, em meio a necessidade de melhor se comunicar com elas e, lembrando das coisas que mais gostava de fazer quando era criança, reencontrou a encantadora figurada da tia, contadeira de histórias. Então, as histórias voltaram a ser as mesmas e, para sua surpresa, pois aquelas crianças já tinham suas noites iluminadas por videogames, televisores, geladeiras e batedeiras de bolo, seus olhares também voltaram a ser os mesmos de muito tempo atrás, lá quando nem piscavam. E tamanho foi este encantamento que os adultos também, assim para relembrar suas infâncias, quiseram ouvir suas histórias. E, hoje ele esta por aí, seguindo o exemplo da tia, encantado com as suas histórias, as pessoas por onde passa.

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